AFROCIENTISTA, POR UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA PARCERIA ABPN, GEPPHERG/UnB, NEAB/UnB E IFB, DISTRITO FEDERAL

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Renísia Cristina Garcia Filice
Marina de Ávila Noronha
Diene Ellen Tavares Silva
Guilherme Oliveira Lemos

Resumo

Resumo: O Projeto Afrocientista foi idealizado pela Associação Brasileira de Pesquisadoras/es Negras/os/es (Abpn), no ano de 2018, e contou com a parceria do Consórcio de Neabis - Núcleo de Estudos e Afro-Brasileiros e Indígenas, e Grupos Correlatos, vinculados à Abpn, distribuídos pelos diferentes estados brasileiros e DF, e do Instituto Unibanco. Em Brasília-DF, a parceria entre o GEPPHERG - Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas, História, Educação das Relações Raciais e Gênero do CNPq, sediado na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília - FE/UnB, que coordenou as atividades junto ao Centro de Ensino da Asa Norte (Cean), ligado à Secretaria de Estado e Educação do DF(SEEDF), e ao Instituto Federal de Brasília (IFB), vinculado ao Ministério da Educação. O projeto Afrocientista, tem como objetivo fomentar a iniciação científica e o fortalecimento da identidade negra, potencializar o sentimento de pertencimento racial e cidadania em jovens negras/os em situação de vulnerabilidade social, de forma a aumentar sua autoestima, consciência racial e ao mesmo tempo, atuar na redução da evasão escolar. Como referencial teórico-metodológico optou-se por abordagens decoloniais e contra-coloniais, e o uso da ferramenta da interseccionalidade em gênero, raça e classe como eixo, em todas as atividades realizadas. Como resultado das três edições (2019, 2021, 2022) do Afrocientista, o Geppherg registra que a receptividade, acolhimento dos/as estudantes às propostas, fortalecimento do pertencimento étnico-racial negro, e os desdobramentos em termos de aprovação em processos seletivos para o ensino superior, seja na UnB ou em cursos do IFB, superam as expectativas. Por fim, fica clara a necessidade de manutenção e ampliação do projeto Afrocientista, e seu potencial para materializar marco legais da luta antirracista brasileira, como o Estatuto da Igualdade Racial, a lei 10.639/2003, voltada para o Ensino de História da África e Cultura Afro-brasileira em toda a educação básica. E também, amplia a participação consciente na política cotas raciais, lei 12.711/2012

Detalhes do artigo

Como Citar
Filice, R. C. G., de Ávila Noronha, M., Tavares Silva, D. E., & Oliveira Lemos, G. (2023). AFROCIENTISTA, POR UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA: PARCERIA ABPN, GEPPHERG/UnB, NEAB/UnB E IFB, DISTRITO FEDERAL. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 15(Edição Especial), 58–79. Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1503
Seção
Caderno Temático
Biografia do Autor

Renísia Cristina Garcia Filice, Universidade de Brasília (UnB)

Profa. Associada da Universidade de Brasília. Líder do Geppherg – Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas, História, Educação das Relações Raciais e Gênero (UnB). Vice-Coordenadora da Área de Políticas Afirmativas da Abpn – Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as. Coordenadora do Afrocientista.

Marina de Ávila Noronha, Universidade de Brasília - UnB

Graduada em Sociologia, pela Universidade de Brasília. Membra do Geppherg - Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas, História, Educação das Relações Raciais e Gênero (UnB). Monitora do Afrocientista, desde 2019. Atua em Direitos Humanos, Educação das Relações Raciais e de Gênero.  

Diene Ellen Tavares Silva, Instituto Federal de Brasília (IFB) e Universidade de Brasília - UnB

Professora do Instituto Federal de Brasília (IFB) - campus Brasília. Doutoranda em Direitos Humanos e Cidadania pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Extensão Rural pela Universidade Federal de Viçosa (2007). Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Metropolitana de Santos (2010). Graduada em Economia Doméstica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2004).

Guilherme Oliveira Lemos, Instituto Federal de Brasília - IFB e Universidade de Brasília - UnB

Professor efetivo do Instituto Federal de Brasília (2019). Possui graduação (2012), mestrado (2016) e doutorado (2022) em História pela Universidade de Brasília (PPGHIS/UnB). Em 2017 integrou o grupo de pesquisadores/as do Núcleo dos Estudos Afro-Brasileiros (NEAB/UnB) e o Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas Públicas, História, Educação das Relações Raciais e de Gênero - Geppherg, da Faculdade de Educação,UnB.