A LEI 10.639/03 E NOVOS OLHARES PARA AS LENDAS ROMÃOZINHO E O NEGRINHO DO PASTOREIO DE LUÍS DA CÂMARA CASCUDO

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Ana Carolina Costa dos Anjos
Vanilza de Aguiar Biano
Paulo Alberto dos Santos Vieira

Resumo

Estórias em que a presença de personagens negras foge ao estereótipo, quando narradas em sala de aula, podem contribuir com a construção de uma Educação que visa uma sociedade mais igualitária e um imaginário social mais equânime. Assim, neste texto propomos uma discussão sobre o reposicionamento das produções literárias do folclorista Luís da Câmara Cascudo a partir da Lei 10.639 (Brasil, 2003a) – que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana nas escolas e da Teoria da Representação de Stuart Hall (2016). Buscamos lançar novos olhares para as lendas “Romãozinho” e “O Negrinho do Pastoreio” e refletir sobre o lugar das personagens negras(os) no regime de representação das “Lendas brasileiras”, obra do folclorista. Observamos que as referidas personagens foram representadas com estereotipagem e, por isso, é preciso que, ao abordar as lendas em sala de aula; traga sobre elas um olhar crítico e novas embocaduras que visem narrar pessoas negras dentro de um novo regime de representação.

Detalhes do artigo

Como Citar
Anjos, A. C. C. dos, Biano, V. de A., & Vieira, P. A. dos S. (2024). A LEI 10.639/03 E NOVOS OLHARES PARA AS LENDAS ROMÃOZINHO E O NEGRINHO DO PASTOREIO DE LUÍS DA CÂMARA CASCUDO. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 18(46). Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1729
Seção
Dossiê temático - PATRIMÔNIO E EDUCAÇÃO NA DIÁSPORA AFRICANA: DESAFIOS ESTRUTURAIS E PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO DAS REALAÇÕES ÉTNCIO-RACIAIS
Biografia do Autor

Ana Carolina Costa dos Anjos, Universidade Federal de Viçosa

Jornalista e Socióloga. Pesquisadora interdisciplinar com foco nas relações étnico-raciais, identidades e teoria da comunicação. É doutora em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (PPGS-UFSCar) e pós-doutoranda no projeto Presenças negras em programas de pós-graduações: emergências e agências na ciência brasileira (PDPG-Capes - Alteridade na Pós-Graduação, vinculada a UFV). Atuou como professora substituta e coordenadora no curso de Jornalismo da Universidade de Gurupi, no curso de Jornalismo da UFT, professora convidada da especialização do OPAJE-UFT e jornalista no Jornal do Tocantins.

Vanilza de Aguiar Biano, Universidade do Estado do Mato Grosso

Mestra em educação (PPGEdu-Unemat, 2024), Graduada em Licenciatura Plena em Letras (UNEMAT/2009). Especializada em Relações Raciais e Educação na Sociedade Brasileira pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).

Paulo Alberto dos Santos Vieira, Universidade do Estado do Mato Grosso

Professor adjunto da Universidade do Estado de Mato Grosso. Pós-doutor (UFRB, 2019). Vice coordenador do Programa de Pós-graduação em Educação (UNEMAT-2022/2024). Doutor em Sociologia (UFSCar, 2012). Mestre em Desenvolvimento Econômico (UFU/IE, 2003). Especialista em Metodologia da Pesquisa em História (UFMT, 1998) e em Sociedade e Agricultura no Brasil (UFRRJ/CPDA, 1992). Bacharel em Ciências Econômicas (UFRRJ/ICHS1990).