Inácio da Catingueira Genealogia Acerca das Possibilidades de Subversão e Representação na Arte (d)e Improviso Genealogia Acerca das Possibilidades de Subversão e Representação na Arte (d)e Improviso

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Carolina Nascimento de Melo
Diego Ramon Souza Pereira

Resumo

Em 1874 no Mercado Municipal da cidade de Patos (PB) ocorreu a peleja (duelo de rimas improvisadas) entre os cantadores Romano da Mãe D’Água (branco e senhor de escravo) e Inácio da Catingueira (cativo, negro e escravizado). Segundo registros, tal peleja durou oito dias. Partimos desta cena e chegamos às batalhas de MC's que ocorrem na contemporaneidade a fim de responder às perguntas: “Como o tema racial aparece nas transcrições do repente nordestino? E como a arte protagonizada por negra(o)s pode ser um instrumento de subversão da ordem social vigente?”. Para isso, buscamos analisar as disputas e batalhas (poéticas), tecendo uma genealogia artística e cultural que, neste artigo, tem Inácio da Catingueira como protagonista. Nossos objetivos são: entender como, a partir da peleja, Inácio da Cantingueira negociou e negou as representações das pessoas escravizadas no período escravocrata; e, também, como sua vida é recuperada e ressignificada por Emicida. Para isso, utilizamos as técnicas oriundas da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016) e das representações (HALL, 2016) a fim de analisar a contingência histórica e social de ambos personagens e de suas produções artísticas.

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Como Citar
Nascimento de Melo, C., & Souza Pereira, D. R. (2024). Inácio da Catingueira Genealogia Acerca das Possibilidades de Subversão e Representação na Arte (d)e Improviso: Genealogia Acerca das Possibilidades de Subversão e Representação na Arte (d)e Improviso. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 15(43). Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1366
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Carolina Nascimento de Melo, Universidade Federal de São Carlos

Doutoranda em Sociologia (PPGS/UFSCar), bolsista CNPq, e pesquisadora no grupo certificado Transnacionalismo negro e diáspora africana, coordenado pelo Drº Valter Roberto Silvério. Mestra em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia na Universidade Federal de São Carlos (PPGS/UFSCar), com bolsa CAPES/PROEX. Título da Dissertação: "A encruzilhada e as possibilidades do protagonismo da juventude negra: o caso do Slam da Guilhermina". E-mail: melo.n.carolina@gmail.com

Diego Ramon Souza Pereira, Universidade Federal de São Carlos

Doutorando em Sociologia na Universidade Federal de São Carlos, mestre pelo Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia (2018), especialista em Antropologia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2015), bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (2015), licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (2012). Docente da Rede Estadual da Bahia desde 2013. Docente substituto da Universidade do Estado da Bahia, lecionando prioritariamente Sociologia e Filosofia, desde 2018. Tutor a distância do bacharelado em Administração Pública (graduação) UAB/SEAD-UFBA. Atuou como tutor do Curso de Especialização em Ensino de Sociologia no Ensino Médio (SEAD/UFBA, 2017-2018), polo São Francisco do Conde (BA). Atuando principalmente nos seguintes temas: Pensamento Social Brasileiro, Cultura Organizacional, Ensino de Sociologia, Organizações Formais e Não-formais, Métodos Qualitativos.