COTAS PARA A POPULAÇÃO NEGRA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ: MOBILIZAÇÕES, IMPLEMENTAÇÃO E DESAFIOS
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Resumo
Este artigo tem por objetivo apresentar as mobilizações de diferentes atores sociais para a implementação das políticas de cotas para aumentar o ingresso da população negra nos cursos de graduação da Universidade Estadual de Maringá, no Paraná, bem como suscitar indicativos para análises e estudos que propiciem o aprofundamento sobre as ações afirmativas no Paraná. Para isso, inicialmente é contextualizada a emergência da temática no cenário nacional com as normativas legais que alicerçam e subsidiam a efetivação dessa política em todo o território nacional. A partir dos exemplos das primeiras instituições de ensino superior que adotam as cotas raciais, na primeira década do século XXI, outras instituições também vão se posicionando a esse respeito e no Paraná isso não é diferente. Apesar, dessa discussão neste Estado aparecer desde a primeira metade da década de 2000, a Universidade Estadual de Maringá somente aprova esta política quase no fim da segunda década deste século, depois da articulação de diversos grupos em prol dos direitos das pessoas negras. Com base em reportagens e publicações sobre as movimentações para efetivação desta política, efetiva-se aqui um registro da história, com a catalogação das principais ações que levaram à aprovação das cotas para negros na referida universidade, em 20 de novembro de 2019, um dia que simboliza a resistência e luta do povo negro por direitos. Por fim, abre a discussão para os caminhos a serem seguidos para o sucesso das cotas para negros na universidade, sinalizando os desafios a serem enfrentados no devir.
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