CONSUMO E IDENTIDADE: O CABELO AFRO COMO SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA

Conteúdo do artigo principal

Cláudia Gomes
Laura Susana Duque-Arrazola

Resumo

O artigo discute a ressignificação do cabelo crespo na construção da identidade negra
no contexto da sociedade de consumo. Esta sociedade de base escravocrata, como a brasileira,
tem atribuído principalmente às mulheres negras, uma marca racial de inferioridade, expressada
sobretudo, em seus cabelos crespos. No entanto, nos últimos anos, estes mesmos cabelos, são
vistos como expressão identitária e assumidos como resistência política racial da negritude, o
que também tem se expressado no surgimento de um nicho mercado voltado para a população
negra: o mercado de cosméticos afro. Os dados apresentados são provenientes de entrevistas
semiestruturadas realizadas entre os meses de janeiro e fevereiro de 2017 com 15 mulheres
negras consumidoras de cosméticos afro. As entrevistas foram realizadas em eventos voltados
para a população negra como os Toques no Terreiro de Xambá em Olinda-PE e a Terça Negra
no Pátio de São Pedro em Recife-PE. Para preservar a identidade das entrevistadas, foi atribuído
a cada uma, um nome feminino de origem africana. Para a análise dos dados foi utilizada a
análise do discurso.

Detalhes do artigo

Como Citar
Gomes, C., & Duque-Arrazola, L. S. (2019). CONSUMO E IDENTIDADE: O CABELO AFRO COMO SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 11(27), 184–205. Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/496
Seção
Artigos