MEDICINA LEGAL: O DISCURSO MÉDICO, A PROIBIÇÃO DA MACONHA E A CRIMINALIZAÇÃO DO NEGRO

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Luísa Gonçalves Saad

Résumé

O presente artigo tem como objetivo despertar a discussão acerca da proibição da maconha e sua relação com a criminalização da população negra. Com base em teorias raciais e evolucionistas, profissionais da recém-inaugurada Medicina Legal brasileira passaram a se focar mais no doente do que na doença, mais no criminoso do que no crime. Por meio de uma associação do consumo da maconha aos negros, estudiosos do tema sentiam que a nação estava “ameaçada” pelo uso da planta e por essas populações consideradas indesejadas. Seguindo diretrizes internacionais, o Brasil acabou por adotar uma política de demonização da maconha e higienização de sua população, “degenerada” desde o princípio por sua origem africana e tornando-se ainda mais “perigosa” pelo consumo de maconha. 

Renseignements sur l'article

Comment citer
Saad, L. G. (2010). MEDICINA LEGAL: O DISCURSO MÉDICO, A PROIBIÇÃO DA MACONHA E A CRIMINALIZAÇÃO DO NEGRO. Magazine De l’Association Brésilienne Des Chercheurs(ses) Noirs(es), 1(2), 103–112. Consulté à l’adresse https://abpnrevista.org.br/site/article/view/292
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