EDUCAÇÃO QUÍMICA E DIREITOS HUMANOS: O ÁTOMO E O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO, AMBOS INVISÍVEIS?

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Elbert Reis Borges
Bárbara Carine Soares Pinheiro

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo relatar um processo de ensino dos conceitos referentes aos modelos atômicos a partir da Pedagogia Histórico-Crítica, pautando o debate da invisibilidade atômica por meio da prática social da invisibilidade do genocídio do povo negro na sociedade brasileira. Aqui a temática central parte da noção de invisibilidade. Ao discutirmos tal conceito em sala de aula, fazemo-lo tanto no âmbito social, aprofundando o debate na invisibilidade do genocídio do negro no Brasil, quanto no âmbito material, discutindo acerca da constituição da matéria e focando na questão dos modelos atômicos. Este trabalho se configura em um relato de experiência vivenciada no 1° ao do Ensino Médio de uma escola pública de Salvador – BA. Elaboramos uma sequência didática que foi desenvolvida em sala de aula e registrada por meio de filmagens e caderno de campo. Notamos que os estudantes vivenciam muitas dores no que tange à questão da mortandade da negritude no Brasil e que, apesar de os átomos serem invisíveis, eles têm certeza de que este ente químico é real, mesmo sem compreenderem bem os seus modelos científicos.

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Como Citar
Borges, E. R., & Pinheiro, B. C. S. (2017). EDUCAÇÃO QUÍMICA E DIREITOS HUMANOS: O ÁTOMO E O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO, AMBOS INVISÍVEIS?. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 9(22), 191–205. Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/404
Seção
Dossiê Temático