O DISCURSO DO LIXO: UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA E SOCIOPOLÍTICA DOS MECANISMOS SIMBÓLICOS DO RACISMO BRASILEIRO un análisis psicoanalítico y sociopolítico de los mecanismos simbólicos del racismo brasileño
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Resumo
O racismo possui diversas camadas e mecanismos simbólicos de estruturação, sendo a produção de estereótipos-estigmas raciais um aspecto importante desse processo. Assim, a construção discursiva e simbólica de que pessoas negras são sujas, fedidas, imundas ou, ainda, o lixo da sociedade é parte relevante dessa dinâmica racial brasileira. Por isso, propomos refletir sobre a interface psicanalítica e sociopolítica dessa construção racista, a partir das vivências e violências raciais denunciadas por Carolina de Jesus e das contribuições teóricas de Lélia Gonzalez, Neusa Santos Souza e Isildinha Nogueira. Sustentamos que a produção do mito-corpo negro sujo e do ideal do ego branco limpo constitui um mecanismo político do racismo cultural e ambiental para subalternizar e negar a identidade negra, ao mesmo tempo em que oculta a sujeira da brancura racista, reforça a identidade branca e legitima processos de higienização-aniquilamento de todo significante negro.
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