A ESCRITA DAS MARGENS: OS DIÁRIOS DE CAROLINA MARIA DE JESUS COMO EXERCÍCIO DE RESISTÊNCIA EPISTÊMICA
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Resumo
A partir da análise dos diários de Carolina Maria de Jesus, encontramos em suas palavras a tessitura de uma resistência às diversas formas de opressão que perpassam seu cotidiano de forma interseccionada. Para a compreensão da escrita carolineana, acreditamos que as lentes da interseccionalidade como teoria social crítica proposta por Patricia Hill Collins, os estudos sobre branquitude de Cida Bento, o feminismo chicano de Gloria Anzaldúa, o feminismo negro de Lelia Gonzalez, a noção de dispositivo de racialidade de Sueli Carneiro e o feminismo decolonial de María Lugones são aportes teóricos que nos auxiliam na leitura de Carolina Maria de Jesus como uma narradora crítica da realidade brasileira, que traz em seus diários uma resistência ao processo histórico de epistemicídio que marca as sociedades coloniais.
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