O BRASIL DISTÓPICO DE IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO: EFEITO DE REAL EM DESTA TERRA NADA VAI SOBRAR, A NÃO SER O VENTO QUE SOPRA SOBRE ELA
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Resumo
Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela, objeto principal deste artigo, foi escrito por Ignácio de Loyola Brandão e lançado no ano de 2018. A obra é uma distopia brasileira que se passa num futuro indeterminado no qual todas as pessoas são monitoradas por tornozeleiras eletrônicas. O texto, apesar de ser uma obra literária ficcional, faz diversas referências a acontecimentos passados no Brasil, tanto aos de cunho político, quanto aos de natureza ambiental e policial. Análogas às experiências traumáticas da realidade, as obras distópicas suscitam uma discussão que retoma a “necessidade” e a “verossimilhança” aristotélicas, assim como o “efeito do real” barthesiano, de modo que este artigo parte da observação das estratégias narrativas criadas por Brandão em Desta terra..., a partir de autores como Roland Barthes (2012), Luiz Costa Lima (2016), Jacques Rancière (2010), dentre outros.
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