CORPOS INDIGNOS: EXPERIMENTOS DE RACIALIZAÇÃO DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS PELO PROJETO DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL BRASILEIRO

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Carolina de Oliveira e Silva Cyrino
Igor Thiago Silva de Sousa
José Carlos Gomes dos Anjos

Resumo

Este trabalho busca rastrear o arquivo colonial do Estado brasileiro através de dois experimentos de racialização de povos e comunidades tradicionais. Embora tenham acontecido em contextos, localidades e por agentes diferenciados, estão articulados por discursos e ideais que os unem. Em um primeiro momento, rastreamos os documentos da Marinha do Brasil, que registrou a missão de instruir e sanear populações pesqueiras, criando as primeiras colônias de pesca com o objetivo de modernizá-los e elevá-los à condição humana e dignos a servir o país. Na segunda parte, a partir de discursos acadêmicos, de planejadores e empresários, mapeamos como o potencial econômico do babaçu (Attalea ssp.) é sobressaltado, devendo ser beneficiado e industrializado, salvo da pobreza e indigência de povos do campo, apresentando-se como um redentor da economia maranhense, quiçá brasileira.

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Como Citar
Cyrino, C. de O. e S., Sousa, I. T. S. de, & Anjos, J. C. G. dos. (2022). CORPOS INDIGNOS: EXPERIMENTOS DE RACIALIZAÇÃO DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS PELO PROJETO DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL BRASILEIRO. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 14(Ed. Especi), 160–180. Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1409
Seção
Caderno Temático