BRANCO EM UM MUNDO DOS NEGROS: UM PERCURSO METODOLÓGICO A PARTIR DE UM QUILOMBO NO VALE DO JEQUITINHONHA (MG)
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Resumo
Apresentam-se componentes de um percurso, postura e olhar metodológicos que foram sendo descobertos e se desdobrando ao longo de minha convivência em um quilombo rural no Vale do Jequitinhonha. Resultado de uma pesquisa empírico-etnográfica de três anos, os agenciamentos e expressividades criativas dos sujeitos - e a forma como foram metodologicamente apreendidos - foram conduzindo a que se os depreendessem como práticas de auto-representação negra em alguma medida independentes de e em tensão com regimes de representação - conforme Stuart Hall - que definem a experiência negro-quilombola como primordialmente mediada e abarcada por e acomodada sincreticamente em um mundo dos brancos, que, mais amplo, a ultrapassaria. A inversão, não normativa, mas representacional e prático-efetiva a que se chega, deslocando um sujeito branco do mundo dos brancos e resituando-o em um mundo negro, é trabalhada a partir de uma concepção de memória inefável e viva e de normas contestadas de pertencimento.
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