GÊNERO, RAÇA E INTERSECCIONALIDADES NO PROCESSO DE FEMINIZAÇÃO DA MIGRAÇÃO: ENTRE SILENCIAMENTOS E PROTAGONISMO DE MULHERES NEGRAS EM FLORIANÓPOLIS
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Resumo
O propósito deste artigo é, ao revelar a feminização da migração negra em Santa Catarina, afirmar como gênero e raça impactam as experiências dos corpos femininos racializados como não-brancos no Brasil. Este trabalho utiliza como referência empírica os dados obtidos nos atendimentos realizados pelo Centro de Referência no Atendimento ao Imigrante (CRAI) em parceria com o Eirenè: "Centro de Pesquisas e Práticas Pós-coloniais e Decoloniais aplicadas às Relações Internacionais e ao Direito Internacional" da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no período de maio de 2018 a maio de 2019. Com o apoio das epistemologias feministas decoloniais e interseccionais negras, o artigo revela o perfil de africanas e afro-caribenhas que procuraram assistência no interstício citado, e destaca a invisibilização das interseccionalidades de raça e gênero nos estudos sobre mobilidade humana. Esse apagamento ratifica a noção hegemônica de universalização da categoria mulher migrante, e perpetua as hierarquias da colonialidade.
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