DOENÇAS CRÔNICAS E OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO PARÁ, AMAZÔNIA, BRASIL

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Maíra Fernanda Tavares de Melo
Hilton Pereira Silva

Resumo

Os remanescentes de quilombos estão entre os grupos mais socialmente vulnerabilizados do Brasil. No que diz respeito à saúde, sua situação também se apresenta precária em todas as regiões do país. Na Amazônia, ainda são poucas as investigações sobre a saúde dos quilombolas. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência das principais doenças crônicas que acometem um grupo de populações quilombolas conhecidas como "Mola", localizadas no nordeste paraense, relacionando-as com os Determinantes Sociais de Saúde (DSS). Observou-se que há elevado índice de doenças crônicas entre essas populações negras rurais em comparação com o restante da população brasileira. 87,08% dos adultos apresenta problemas crônicos relacionados ao sistema digestivo, 50,9% apresentaram doenças de pele, 48,08% apresentaram algum nível de pré-hipertensão ou hipertensão arterial e 43,63% tem afecções oftalmológicas. Foram analisados também aspectos relacionados a comorbidades como tabagismo, etilismo, obesidade e aspectos socio-ecológicos que apontam para a existência de forte relação entre a prevalência das doenças crônicas e os DSS.

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Como Citar
Melo, M. F. T. de, & Silva, H. P. (2015). DOENÇAS CRÔNICAS E OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO PARÁ, AMAZÔNIA, BRASIL. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 7(16), 168–189. Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/103
Seção
Dossiê Temático