CABELOS CRESPOS, TRANÇAS E BLACK POWER: REFLEXÕES SOBRE O ADOECIMENTO DE MULHERES NEGRAS, AUTOESTIMA E EMPODERAMENTO
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Resumo
O racismo gerado e perpetuado pelo colonialismo, carregado de explorações, violências, silenciamentos, permanece na sociedade por meio de novas colonialidades presentes nas estruturas das sociedades modernas. Desde a infância, mulheres negras têm sua identidade negada por padrões historicamente construídos que produzem sequências de negação de si e lugares de “não ser”, tendo no processo de alisamento dos cabelos a representação da violência racista. A transição capilar marca o início de uma ruptura com padrões estéticos e valorização de si e da cultura afro-brasileira. Através da escrevivência e narrativas de uma pesquisa de mestrado, as autoras pautam a discussão a respeito do cabelo afro-brasileiro seguindo um caminho desde a sua inferiorização até seu empoderamento, abordando em interface o sofrimento psíquico como um trauma que delimita o não pertencimento das mulheres negras ao mundo branco e a transição capilar como autocuidado, autoestima e sobretudo pertencimento a uma perspectiva negra.
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