Revista da ABPN | Nov 2012 - Fev 2013
v. 5 n. 9 (2013)

Prezadas/os Leitoras/es,
A despeito das dificuldades que toda gestão que se inicia enfrenta, é com alegria e entusiasmo que apresentamos mais este número da Revista da ABPN. Dois motivos se coadunam: a coragem para enfrentar os desafios e a permanente crença na capacidade do ser humano, sujeito de saberes que produzem e lutam pelos seus ideais e projetos. A continuidade da Revista da ABPN representa nossa certeza de manutenção de sua proposta balizadora: publicar artigos inéditos de natureza técnico-científica, resultantes de estudos e experiências que possam contribuir para novas perspectivas teóricas e acadêmicas, bem como práticas de interesse da população negra, visibilizando intelectuais negros/as que incansavelmente lutam pela divulgação de seus conhecimentos. Agradecemos aos colaboradores – pareceristas, autores, tradutores, editores, webmaster, Conselho Editorial, Conselho Consultivo, Diretoria e demais membros da equipe e parceiros –, que possibilitaram a publicação deste número e sua continuidade, como também cada pesquisador/a. Nossos agradecimentos a todas e a todos!
Equipe Editorial

Revista da ABPN | Mar - Jun 2012
v. 3 n. 7 (2012)

Podemos afirmar, hoje, que as relações étnico-raciais ocupam um lugar relevante e de visibilidade nas preocupações acadêmicas e políticas da sociedade brasileira. Algumas situações ocorridas ao longo do ano de 2012 têm confirmado essa constatação. Podemos destacar, no plano político, a aprovação do princípio constitucional das ações afirmativas pelo Supremo Tribunal Federal, a forte presença do Movimento Negro e de Mulheres Negras na Conferência Rio + 20 e na Cúpula dos Povos e a luta do Movimento Quilombola. No plano acadêmico, tais eventos são acompanhados de reflexões de intelectuais negros e não negros, as quais serão fruto de debates e discussões do VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (VII COPENE) a ser realizado nas dependências da UDESC, em Florianópolis, de 16 a 20 de julho de 2012. Essa efervescência pode ser observada no presente número da Revista da ABPN. A variedade de artigos, enfoques e discussões apresentada nesta revista enriquecem a discussão teórica sobre as relações étnico-raciais no Brasil. Além disso, a presença de pesquisadores e pesquisadoras de diferentes regiões do país possibilita ao leitor compreender como, a partir do local e do regional, as relações étnico-raciais têm sido debatidas em diálogo com as mudanças e acontecimentos nacionais.

Revista da ABPN | Jul - Out 2012
v. 4 n. 8 (2012)

A Revista da ABPN apresenta, nesta edição, artigos tanto teórico como relatos de pesquisas realizadas por diferentes autores, de diversos campos disciplinares, mantendo a direção inicial da revista e garantindo sua proposta de acolhimento à diversidade de reflexões, pensamentos, abordagens e referenciais teóricos. As abordagens são variadas, acarretando contribuições de diferentes naturezas para a discussão de temáticas de interesse aos intelectuais negros e não negros, provocando o surgimento de novas questões expectativas para temas de debates vigentes dos/pelos pesquisadores e ativistas. Esperamos que a Revista da ABPN continue a prestar relevantes serviços aos pesquisadores e ativistas do Movimento Negro, cuja proeminência deve ser sempre destacada, por tudo que tem feito e contribuído ao longo de sua histórica trajetória.

Revista da ABPN | Nov 2011 - Fev 2012 | Dossiê Temático "Território: Perspectivas Atuais"
v. 3 n. 6 (2012)

Priorizar o tema “Território” num único exemplar, embora não tenha sido excluído dos demais, foi uma estratégia adotada para ampliação de seu entendimento e retorno a antigas reflexões e apresentar perspectivas atuais desse conceito, e pela complexidade, extensão e profundidade desse tema. Deste modo, território admitiria as dimensões políticas, espaciais, culturais e afetivas. É, portanto, a partir desta compreensão que os textos nesta edição dialogam, complementam-se e se interagem, não perdendo seu aspecto singular, mas possibilitando uma maior interlocução entre diferentes áreas, haja vista a multidisciplinaridade contemplada, que nos permite observar os múltiplos olhares sobre o tema. Assim, neste número 6 da Revista da ABPN, pudemos reunir diferentes textos para formar o “tecido” teórico desta apresentação, no sentido de compreender o conceito de território admitindo as dimensões políticas, espaciais, culturais e afetivas e o conceito de territorialidade abarcando todas as subjetividades possíveis de serem trabalhadas.

Revista da ABPN | Jul - Out 2011 | Dossiê Temático “Educação e Cultura Negra”
v. 2 n. 5 (2011)

A temática racial destaca-se de forma vigorosa no espaço brasileiro de discussão pública. Esta é uma das vitórias resultantes tanto do fortalecimento das organizações do Movimento Negro quanto da multiplicação e interiorização das entidades. As novas formas de articulação e de expressão da militância nos locais de trabalho, no campo, nos sindicatos, nos movimentos populares, partidos, universidades, parlamento, nas entidades religiosas, órgãos governamentais, etc. vêm, nos últimos anos, esquentando a discussão racial. Sem prejuízo da pluralidade de concepções e ações políticas, coloca-se hoje, para a militância que debate a questão racial, o enorme desafio de priorizar os anseios e os interesses maiores da população afro-brasileira, através da formação de um amplo arco de força e aliança capaz de pautar esta questão na agenda dos problemas nacionais. A Revista da ABPN de número 05, apresentando artigos e resenhas em torno das temáticas “Educação e Cultura Negra”, acredita ser mais um veículo de difusão e debate de ideias e informações relevantes, refletindo com desenvoltura os acalorados debates da contemporaneidade e buscando alcançar uma de suas finalidades que é superar “a invisibilidade” conferida aos descendentes de africanos nas diferentes esferas da vida nacional.

Revista da ABPN | Mar - Jun 2011 | Dossiê "Mídia e Racismo"
v. 2 n. 4 (2011)

A Revista da ABPN de número 4 surge respaldada em um dos princípios estratégicos adotados pela Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) que é a construção e a difusão do conhecimento apreendido na vida acadêmica. Tal trabalho constitui, para nós, a expressão de mais um caminho possível de ser trilhado por todos, na busca permanente do debate, da crítica e da produção do conhecimento. Fomentar o debate visibilizando, publicizando e problematizando questões que ferem, constituem e impregnam o cotidiano da população negra é o que pretende este número da Revista. Acreditamos ser mais um veículo de publicização e debate de ideias e informações relevantes, traduzindo-se num verdadeiro mosaico de muitas vozes, refletindo com desenvoltura questões da contemporaneidade. A intenção é permitir a expressão da diversidade de concepções, perspectivas e compreensões de pesquisadoras e pesquisadores dos seus diferentes campos de conhecimento, e para além de suas áreas. Entendemos que os artigos aqui apresentados traçam um panorama do racismo na mídia, bem como evidenciam o fechamento e silenciamento ainda presentes em seu fazer histórico e diário. Inaugura-se essa nova fase da Revista com um volume que aborda reflexões e investigações sobre Mídia e Racismo, apresentando doze artigos, um ensaio e três resenhas, que realçam os motivos e desafios do tema proposto para essa publicação.

Revista da ABPN | Nov 2010 - Fev 2011
v. 1 n. 3 (2011)

Mulheres e homens negros são sujeitos de conhecimento, sim! Não há dúvida. Ressaltando esta feliz realidade, apresentamos o terceiro número da Revista da ABPN. Após um ano de trabalho árduo, temos motivos para comemorar e, mais do que isso, avaliar nossas conquistas e desafios para dar continuidade
ao projeto.
 
No que diz respeito ao público e à recepção deste periódico científico, os números são animadores. Já são quase 8 mil visitas à Revista, com acessos vindos das Américas, da África e da Europa. Cada texto teve uma média de 300 acessos realizados por leitores(as) brasileiros(as) e de países como Estados Unidos, Portugal, França, México, Colômbia, Uruguai, Argentina, Moçambique, Senegal, Canadá, Espanha, entre
outros. A contribuição do público local foi decisiva. Todavia , temos que reconhecer que essa interlocução
demonstrada pelos números deve muito ao diálogo estabelecido com intelectuais negros(as) de diversos pontos da Diáspora e do próprio continente africano, entre os quais se encontram aqueles(as) que nos
enviaram seus textos para enriquecer e diversificar o debate. O cenário é, pois, propício para reafirmar o compromisso da Revista da ABPN com a construção de uma crítica epistemológica da realidade e da organizaçao social do conhecimento.
 
De tal sorte, a organização deste terceiro número buscou ampliar essa interlocução entre intelectuais da Diáspora Negra, tanto no que diz respeito às origens geográficas dos(as) autores(as) quanto às suas áreas e perspectivas analíticas.

Revista da ABPN | Jul-Out 2010 | Dossiê Temático "Estudos Negros"
v. 1 n. 2 (2010)

Muitos são os lugares a partir dos quais as/os pensadoras/os negras/os têm apresentado suas reflexões sobre experiências individuais e coletivas de africanos e afrodescendentes no mundo ao longo do tempo. Ancoradas em tradições também diversas de produção de conhecimento, essas pessoas têm levado a cabo um esforço legítimo, quando não urgente, de garantir a vitalidade de expressões do pensamento crítico e comprometido com a defesa da liberdade e a luta por equidade em todos os espaços sociais.
 
Inserida nesse campo de ação, a Revista da ABPN , em seu segundo número, apresenta um conjunto de artigos nos quais se discute desde a afirmação de epistemologias negras até a operacionalização de propostas d e superação do racismo e outras formas associadas de discriminação. Com efeito, as vozes que emergem desses escritos dão mostras, mais uma vez, da fortuna crítica construída por intelectuais negras/os nos últimos anos.

Revista da ABPN | Mar-Jun 2010 | Dossiê Temático "Experiências de mulheres negras na produção do conhecimento"
v. 1 n. 1 (2010)

É isso, conseguimos! Aqui está o primeiro número da Revista da ABPN! É com grande alegria e
orgulho que chegamos a este momento. Há tempos que a produção de intelectuais negras e negros
merecia contar com um espaço como este no Brasil. Demos, então, mais um passo. Nosso profundo
desejo agora é garantir a manutenção e o crescimento da conquista. Sabemos que, para isso, tanto ou mais
esforço será ne cessário e vamos em frente.
 
Nossa empreitada intelectual é, portanto e desde o início, política. Eis o que orientou a escolha temática do número inaugural: experiências de mulheres negras na produção do conhecimento. Entendemos que raça e gênero têm servid o como eixos de diferenciação negativa, consolidados nas práticas teóricas e cotidianas responsáveis por excluir sistematicamente mulheres negras dos sistemas de pensamento, negando -
as como sujeitos de conhecimento científico e dificultando, sobremaneira, seu acesso às posições de poder.