“CONSEGUIU ASSINAR O SEU NOME, NÃO COM PERFEIÇÃO, PODE-SE MESMO DIZER MELHOR QUE DESENHAVA O SEU NOME”: PERCURSOS DE UM HOMEM NEGRO (I)LETRADO NO PÓS-ABOLIÇÃO (PAULINO DE SOUZA BASTOS – FLORESTA AURORA – PORTO ALEGRE – RS)
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Resumo
Segundo Petrônio Domingues (2010, p. 132), o associativismo negro é composto de “uma polifonia de vozes, discursos e retóricas raciais”. Os heterogêneos coletivos que montaram e mantiveram clubes, jornais e irmandades ativos e combativos por décadas, carece ainda de investimentos investigativos. Nos propomos a acompanhar a trajetória de um homem negro, desde as suas experiências familiares entre escravidão e liberdade, até a sua afirmação como homem livre. Daremos ênfase aos seus investimentos associativos e preferências políticas, projetos laborais bem-sucedidos e fracassados. A oscilante trajetória do operário-músico-pedreiro-pintor-açougueiro Paulino de Souza Bastos pode nos ajudar a entender a composição das elites negras do período, com suas variações sociais e profissionais ao longo de vidas marcadas pela instabilidade, em um difícil exercício de sobreviver e manter o patrimônio material e o prestígio social duramente adquirido.
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