CRESPAS E CACHEADAS: O CABELO COMO CONDIÇÃO ESTÉTICO-IDENTITÁRIA DE AFIRMAÇÃO ÉTNICO-RACIAL E LIBERTAÇÃO PARA AS MULHERES ADULTAS E CRIANÇAS NEGRAS
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Resumo
Este artigo discute o processo de transição capilar vivido por mulheres negras, o abandono dos procedimentos de alisamento dos cabelos e a valorização do cabelo crespo com o aparecimento “natural” de sua raiz. Nesse movimento, a análise procura realçar as influências mútuas entre mulheres de diferentes gerações e o efeito de uma estética afro adotada por crianças negras, “crespas” e “cacheadas” espelhadas em suas mães e parentes. O texto pontua que, aos olhos de mulheres e mães, as crianças passam a ter uma relação mais livre e de valorização dos próprios cabelos crespos ou cacheados, marcadas por uma estética afro-brasileira e pelos movimentos de identidade racial na Bahia. A pesquisa foi feita a partir de uma etnografia em salas de aula na cidade de Salvador (BA), e entrevistas com mulheres negras de diferentes classes sociais e moradoras de diferentes bairros urbanos, estudantes universitárias, professoras, assistentes sociais, pedagogas, donas de casa.
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