SOBRE AS POSSIBILIDADES DE REALIZAÇÃO DA FILOSOFIA AFRICANA E A CRÍTICA DA NEGRITUDE SENGHORIANA SEGUNDO MARCIEN TOWA
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Resumo
Neste trabalho, busca-se evidenciar e discutir a problematização que o filósofo camaronês Marcien Towa faz do pensamento filosófico negro africano a partir dos anos 1960/70 e os caminhos que ele aponta para a realização da Filosofia. Em um primeiro momento, será apresentado o diagnóstico que Towa faz do caminho que o pensamento filosófico africano tomou após o fim do processo colonial. Nessa problematização, ele critica, sobretudo, o pensamento de Léopold Sédar Senghor, que propõe um tipo de negritude que tem como armadilha sua própria articulação teórica, que é dualista e universalista e tem como base a etnofilosofia, que maximiza a concepção de que a Europa contribui na construção da história da humanidade com a razão e a África com a emoção e o misticismo. Towa aponta como caminho, abandonar essa perspectiva de negritude e, a partir da evidenciação da racionalidade encontrada na estrutura das diferentes culturas africanas, apresentar uma África que contribui racionalmente e culturalmente com a história universal.
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