O QUE MUDOU PARA A POPULAÇÃO NEGRA NO ACESSO À EDUCAÇÃO BRASILEIRA? QUAIS OS (NOVOS) DESAFIOS?
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Resumo
Este texto procura traçar uma linha histórica entre dois momentos: 1987 e a publicação do Cadernos de Pesquisa n. 63, da Fundação Carlos Chagas, que debateu a situação do Negro e a Educação, e a comemoração de 30 anos da publicação com a realização do Seminário Raça Negra e Educação: 30 anos depois – E agora do que mais precisamos falar? Se, em 1986, as discussões, a partir dos estudos quantitativos disponíveis na época, estavam centradas no não acesso dos negros aos anos iniciais da educação básica; passados 30 anos, os debates estão no acesso (ou, ainda, não acesso) de negros às etapas mais elevadas da educação: finalização do ensino médio e ingresso ao ensino superior. O que mudou nesse quadro? Se as consequências de racismo ainda estão presentes nos espaços sociais e de forma marcada, nas escolas; a visibilização das desigualdades contribui para a alteração de um quadro ainda preocupante: apesar de ser metade da população brasileira, os negros não chegam a 35% dos discentes no ensino superior. Apresenta os resultados a partir dos marcadores sociais de gênero e cor/raça, indicando que a interserccionalidade na construção das desigualdades que marcam a sociedade brasileira deve ser objeto de reflexão para a superação de uma realidade persistente.
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