UM NÃO-LUGAR ESCOLAR PARA CRIANÇAS AFRO-DESCENDENTES DA PERIFERIA DAS PERIFERIAS
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Resumo
O artigo tem o propósito de discutir o cotidiano de uma escola situada na periferia das periferias de uma cidade dormitório da região metropolitana de Porto Alegre (RS), frequentada por crianças que, em sua quase totalidade, eram afrodescendentes. Na pesquisa foram utilizados procedimentos metodológicos de “tipo etnográfico”, como formulado por Green e André. Do ponto de vista teórico, o estudo estabeleceu, prioritariamente, interlocução com o pensamento de Bauman, de Milton Santos e de Marc Augé. A investigação possibilitou mostrar que aquela escola se constituía em um não-lugar escolar, estando marcada por intensos processos excludentes, mesmo que, do ponto de vista legal, ali estivessem alunos afrodescendentes e professores “incluídos” no sistema educacional. Assim, estava em curso, naquele não-lugar escolar uma ruptura entre o que a Lei prevê para os estudantes brasileiros e àquilo que ocorria no “chão da escola”.
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