MULHERES NEGRAS FAZENDO CINEMA
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Resumo
A negritude pode ser percebida tanto como uma identidade quanto uma atitude. Os processos performativos das identidades solubilizam conceitos e práticas constitutivos do discurso da negritude feminina. Pode-se questionar: o que vem primeiro, o ser mulher ou ser negra? No cinema, o ser mulher negra pode ser visualizado por uma complexa composição de elementos lingüísticos, objetos e sujeitos que delimitam categorizações dentro de regimes escópicos diversos que produz representações diversas, mais ou menos estereotipadas. Este artigo aborda a questão da identidade “mulher negra” representada cinematograficamente na busca por compor um corpus que permita pensar a imagem dessa mulher auto-representada, ou seja, a representação produzida pelas próprias mulheres que fazem cinema. Questiona-se: há um modo de ver e representar a mulher negra próprio das cineastas negras? Ou seja, o cinema produzido por mulheres negras apresenta alguma distinção nos modos de representar cinematograficamente a mulher negra? Infere-se, através deste estudo, ainda em fase inicial de elaboração, que a identidade “mulher negra” representada cinematograficamente é uma performação, isto é, está sempre in process, construindo e desconstruindo estereótipos, e por fim, bio-imagens que se inscrevem lingüística, artística e historicamente.
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