CORPO-MORADA DE MULHERES NEGRAS EM SITUAÇÃO DE RUA: DESAFIOS PARA UMA PSICOLOGIA DECOLONIAL E ANTIRRACISTA
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Resumo
O presente artigo tem o intuito de provocar o olhar da psicologia em relação à subjetividade e aos corpos de mulheres negras em situação de rua, considerando que o conceito de corpo-morada mostra que a principal morada dessas mulheres, por vezes a única, é o próprio corpo e assim a condição de sujeito delas está constantemente ameaçada, em relação ao tempo, espaço e relações interpessoais. Para isso, buscar-se-á, tecer uma crítica sobre a colonialidade presente nas dimensões raciais e de gênero da contemporaneidade e buscar descontruir esses saberes estanques por meio de reflexões decoloniais e antirracistas no âmbito da psicologia. A partir de autoria negra pode-se compreender que o racismo é uma ferida narcísica que atinge profundas camadas no sujeito negro, e, especialmente para as mulheres negras em situação de rua são feridas que atravessam todo o corpo e a existência delas. Com isso, percebe-se que a resistência e re-existência dessas mulheres perpassa por uma constante luta do vir-a-ser diante de uma sociedade capitalista, racista e misógina.
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