RACISMO, GUERRA ÀS DROGAS E ENCARCERAMENTO DA POPULAÇÃO NEGRA: ENEGRECENDO O PENSAMENTO PSICANALÍTICO NO BRASIL NEGRO DEL PENSAMIENTO PSICOANALÍTICO EN BRASIL
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este artigo resgata algumas reminiscências do passado colonial brasileiro que construíram um imaginário social relacionado a periculosidade do homem negro, demonização de substâncias consideradas ilegais, políticas de encarceramento e confinamento social, a partir da produção dos afetos do medo. Sob essa perspectiva a pergunta de partida do estudo é: como a psicanálise e as Ciências Sociais podem contribuir a partir da ideia de guerra às drogas e de encarceramento para a formação de um discurso antirracista que promova a justiça social e a saúde mental da população negra? Nessa esteira, o objetivo geral se preocupa em analisar como a psicanálise e as Ciências Sociais podem contribuir para a produção de uma visão antirracista discutindo conceitos como guerra às drogas e encarceramento em massa da população negra. Para isto, um dos objetivos deste estudo foi apresentar os marcos que foram importantes relacionados as políticas de álcool e outras drogas no Brasil, relacionando a guerra às drogas com o racismo Institucional e discorrendo sobre os efeitos que o racismo institucional provoca na saúde mental da população negra, baseando-se na Psicanálise. Para essa construção foram usadas as contribuições de Neusa Santos, Grada Kilomba, Isildinha Nogueira, Juliana Borges, Angela Davis, Lélia Gonzalez, Cida Bento, Frantz Fanon e Silvio Almeida. Alguns conceitos como, racismo institucional, a noção do medo do negro como uma constante ameaça ao branco, da língua como uma forma de exercer poder e repressão, da construção de teorias psiquiátricas que respaldavam confinamentos em manicômios e prisões foram importantes para elucidar a lógica do encarceramento em massa de pessoas negras e a guerra às drogas
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License CC-BY 4.0 que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).