BRANQUITUDE E PODER: REVISITANDO O “MEDO BRANCO” NO SÉCULO XXI
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Resumo
Este artigo tem como propósito compreender e apresentar as formas pelas quais os sujeitos considerados brancos agem cotidianamente para que possibilite a manutenção dos privilégios materiais e simbólicos dos brancos em relação a outros grupos racializados em nossa sociedade. E a partir daí, investigar quais as formas de poder que a branquitude exerce sobre as outras identidades raciais. Para esta compreensão utilizo a análise de falas de brancos paulistanos de diferentes classes sociais sob o enfoque de compreender como o poder branco é posto em ação no cotidiano dos sujeitos. Os resultados da pesquisa apontam que os sujeitos brancos sabem que são privilegiados em relação aos não brancos, porém não se responsabilizam por este fato. Neste sentido, a ambiguidade e fragmentação dos discursos dos sujeitos me pareceram algo muito relevante para a compreensão de como se mantém o racismo na sociedade brasileira. A ambiguidade aparece como artifício fundamental para que os sujeitos mantenham os privilégios, eximindo-se da responsabilidade moral.
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