REESCREVENDO AS PRÓPRIAS HISTÓRIAS NA PERSPECTIVA AFROGÊNICA

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Cristina Maria Arêda Oshai

Resumo

 


Sheila S. Walker, valendo-se da metáfora de que a diáspora africana se assemelha a um quebra-cabeças e à história do Rei Osiris, cujo corpo foi cortado em vários pedaços e espalhados mundo afora, mobilizou recursos financeiros e a energia de ativistas afrodescendentes de nove países latino-americanos, onde se fala espanhol, a fim de tentar unir as peças do quebra-cabeças e reescrever as histórias de ‘afrosulamericanas(os)’ “desde sua perspectiva afrogênica, de maneira coletiva, por e para si mesmos, e compartilhar suas vivências e conhecimentos com outros” (Walker, 2012, p. 7). A categoria afrogênica foi criada por Walker e se contrapõe à categoria ‘eurogênica’, remete a aspectos de interesse e a construções teóricas e metodológicas, dentre outras, elaboradas pelas(os) próprias(os) africanas(os) e afrodescendentes em contraposição ao conhecimento tido como morto, construído por terceiros a fim de desqualificar “as inteligências históricas das diversas civilizações africanas sequestradas e transladadas a diferentes lugares [das] América[s] pela via do comércio de africanos escravizados” (García, 2012, p. 82).

Detalhes do artigo

Como Citar
Oshai, C. M. A. (2015). REESCREVENDO AS PRÓPRIAS HISTÓRIAS NA PERSPECTIVA AFROGÊNICA. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 7(15), 255–260. Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/124
Seção
Resenhas