REESCREVENDO AS PRÓPRIAS HISTÓRIAS NA PERSPECTIVA AFROGÊNICA
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Resumo
Sheila S. Walker, valendo-se da metáfora de que a diáspora africana se assemelha a um quebra-cabeças e à história do Rei Osiris, cujo corpo foi cortado em vários pedaços e espalhados mundo afora, mobilizou recursos financeiros e a energia de ativistas afrodescendentes de nove países latino-americanos, onde se fala espanhol, a fim de tentar unir as peças do quebra-cabeças e reescrever as histórias de ‘afrosulamericanas(os)’ “desde sua perspectiva afrogênica, de maneira coletiva, por e para si mesmos, e compartilhar suas vivências e conhecimentos com outros” (Walker, 2012, p. 7). A categoria afrogênica foi criada por Walker e se contrapõe à categoria ‘eurogênica’, remete a aspectos de interesse e a construções teóricas e metodológicas, dentre outras, elaboradas pelas(os) próprias(os) africanas(os) e afrodescendentes em contraposição ao conhecimento tido como morto, construído por terceiros a fim de desqualificar “as inteligências históricas das diversas civilizações africanas sequestradas e transladadas a diferentes lugares [das] América[s] pela via do comércio de africanos escravizados” (García, 2012, p. 82).
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