CONSIDERANDO A BRANQUITUDE NO PLANO DA CLÍNICA EM SAÚDE MENTAL: DISPOSIÇÃO DE AFETOS
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Resumo
O artigo parte da inserção das autoras nas redes de saber-poder, em processos de formação e nas políticas de gestão na saúde. Nossas práticas enquanto psicólogas serão interrogadas, tendo a branquitude como importante vetor de análise de nossas implicações. Destacamos a noção de subjetividades colonizadas e insistimos numa pergunta: que marcas isso (as experiências de uma vida no racismo) produz? Afirmamos a importância da conquista de direitos e o estabelecimento de leis diretamente relacionados à população negra (macropolítica), mas destacamos a necessidade de enfrentar o desafio de criar, com os saberes negros em presença, um plano de consistência para além do reconhecimento às diferenças (micropolítica). Nesse plano, concluímos que nossa desconexão por uma produção subjetiva racista convoca a um trabalho a partir da corporeidade e de afetos, apontando para a abertura aos encontros como linha de composição direta subjetiva.
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