POR UMA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL DA POPULAÇÃO NEGRA NO SUS

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Jeane Saskya Campos Tavares
Carlos Antônio Assis de Jesus Filho
Elisangela Ferreira de Santana

Resumo

A implementação de políticas públicas direcionadas à saúde da população negra brasileira tem sido insuficiente e isto contribui para a manutenção da hierarquia racial estabelecida pelo colonialismo. Em relação à saúde mental, o modelo hospitalocêntrico, patologizante e centrado na medicalização, na eugenia e no racismo científico, foi hegemônico no início do século XX e se atualiza no século XXI através das Comunidades Terapêuticas e da reinserção de hospitais como elementos centrais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Vasta literatura internacional destaca o racismo como importante produtor de sofrimento persistente, com significativo prejuízo individual e coletivo. No entanto, este tem sido um tema negligenciado no contexto nacional, especialmente na Saúde Pública. A proposição e construção de uma política pública efetiva de promoção da saúde mental passa pela pactuação entre as diferentes esferas de governo de uma política de saúde mental racializada, pela superação do racismo institucional e pela radical ruptura com o modelo manicomial.

Detalhes do artigo

Como Citar
Saskya Campos Tavares, J., Assis de Jesus Filho, C. A., & Ferreira de Santana, E. (2020). POR UMA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL DA POPULAÇÃO NEGRA NO SUS. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 12(Ed. Especi), 138–151. Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1118
Seção
Caderno Temático