CORPOS MOVENTES EM DIÁSPORA: DANÇA, IDENTIDADE E REEXISTÊNCIAS
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Resumo
Com o desejo de compreender a dimensão estética e política que atravessa a arte
contemporânea em sua relação com a diáspora africana, aproximo-me de algumas obras e
processos de artistas brasileiras, especificamente de mulheres negras que atravessaram o
Atlântico em direção ao continente africano; artistas que atuam no contexto das artes do corpo,
sobretudo, da dança e da performance. A incursão em possíveis histórias de travessia do
Atlântico se deu por conta de uma recente viagem que fiz ao continente africano. Nesta
travessia escrita, as reflexões são tecidas avizinhando-se ao pensamento que Paul Gilroy
percorre na obra Atlântico Negro, sobretudo, considerando o conceito de “dramaturgia da
recordação” e a discussão sobre racismo culturalista. Dito isto, as reflexões são instigadas no
encontro com estas três mulheres negras que foram buscar em África as suas dramaturgias, de
modo a compor um mapa de movimento, tecidas por afetos em trânsito. Ana Pi, Luciane Ramos
Silva e Nadir Nóbrega, corpos moventes em diáspora.
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